segunda-feira, 21 de março de 2016

Seis em cada dez profissionais conquistaram aumentos salariais!

A maioria dos trabalhadores viu seus salários serem reajustados em um ano de economia estagnada. É o que revela recente levantamento realizado pela Page Personnel, uma das maiores empresas globais de recrutamento especializado de profissionais de suporte à gestão, parte do PageGroup. De acordo com o Estudo de Remuneração 2015/2016 da companhia, seis em cada dez profissionais tiveram aumentos salariais em 2015. Dos 161 cargos analisados pela companhia, 60% apresentaram remuneração superior à verificada em 2014. Foi observado também que 40% dos cargos avaliados registraram rendimentos inferiores ao verificado no estudo anterior. 

"O salário do trabalhador ainda foi preservado no ano passado. Muitas categorias conseguiram negociar rendimentos e benefícios e isso foi refletido no ganho total. Apesar do ritmo mais lento da economia, a remuneração da maioria dos assalariados foi preservada", revela Ricardo Haag, diretor da Page Personnel. 

Para elaborar o estudo, a Page Personnel consultou, de junho a outubro deste ano, as informações salariais de 62 mil candidatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e interior paulista. A partir dessa consulta, a Page Personnel conseguiu traçar a remuneração mensal fixa de 161 cargos em 10 setores nas capitais paulista, carioca, pernambucana e no interior de São Paulo. Os cargos foram listados em faixas salariais mensais fixas que variam de acordo com a experiência do profissional (júnior, pleno, sênior ou coordenador) e porte da empresa (pequeno, médio ou grande). 

Remuneração por áreas

O Estudo de Remuneração elaborado pela Page Personnel distribui os cargos nas seguintes áreas de atuação: Finanças, Vendas, Marketing, Tecnologia da Informação, Varejo, Engenharia, Recursos Humanos, Construção Civil, Suprimentos e Secretariado.

Finanças - No setor de Finanças, os cargos que mais tiveram alterações nas faixas salariais foram os de analistas contábil e de controladoria. O salário mensal médio de um analista contábil sênior, em São Paulo, saltou de R$ 5 mil em 2014 para até R$ 6,5 mil neste ano. No caso dos rendimentos de um analista de controladoria sênior no Rio de Janeiro, passou de R$ 4,3 mil no ano passado para até R$ 5,5 mil neste ano. 

"Hoje o departamento financeiro se vê cercado da importante responsabilidade de driblar as possíveis dificuldades do mercado, com profissionais que não foram preparados para o momento. Por isso perfis mais analíticos e estratégicos têm ganhado destaque no mercado de trabalho. Além disso, o uso de novas ferramentas de controle e monitoramento, e muitas vezes o reporte direto para as matrizes multinacionais, fazem do domínio de línguas estrangeiras outro trunfo para os profissionais em destaque para a área", explica Haag. 

Vendas - O departamento de vendas é o principal indicador de saúde das operações de um negócio. Nesse sentido, quem acabou obtendo destaque na remuneração foi o vendedor técnico júnior. Em São Paulo, o salário desse trabalhador foi de R$ 4515 mil para até R$ 5,8 mil. Outra alta foi do responsável pelo desenvolvimento de negócio no setor químico. Os rendimentos desse profissional saltaram de R$ 5,95 mil em 2014 para até R$ 8 mil neste ano.
"Em períodos de instabilidade é necessário ter um time mais poderoso, formado por pessoas com domínio em técnicas de vendas, mais expertise e uma pré-disposição comportamental. Um profissional com perfil dinâmico, analítico e que saiba atender as expectativas alinhadas com a estratégia traçada ganha destaque neste momento", diz o diretor.

Marketing - As contratações de profissionais nesta área estão mais frequentes para empresas de bens de consumo, principalmente aquelas que precisam que as áreas de trade marketing diversifiquem seus canais de venda ou busquem novos parceiros para atingir mais consumidores finais, manter ou expandir sua presença no mercado. A indústria farmacêutica também busca profissionais com experiência em bens de consumo para trazer ao negócio mais dinâmica e funcionalidades necessárias no mercado. 

"As aquisições de talentos para a área hoje são efetivadas com mais cautela. A principal consequência é a de processos seletivos mais longos e que envolvem executivos do alto escalão nas decisões de contratação", revela Haag. Dois cargos em bens de consumo obtiveram mais destaque no estado de São Paulo. No ano passado, os ganhos de um coordenador de inteligência de mercado, na capital, chegavam a R$ 5,8 mil e neste ano chegaram a até R$ 7 mil. No interior, os ganhos para o cargo de analista sênior de trade marketing passaram de R$ 4,2 mil em 2014 para até R$ 5 mil em 2015. 

Varejo - Nessa área, os profissionais que apresentaram melhores remunerações foram os profissionais da área de Operações. O salário de um analista pleno pulou de R$ 5,9 mil no ano passado para até R$ 7 mil neste ano. 
"O fraco desempenho da economia refletiu diretamente na remuneração dos profissionais dessa área. As empresas estão revendo suas estratégias e parte disto foi direcionado para o ajuste orçamentário e troca de posições mais estratégicas", analisa o executivo.

Tecnologia da Informação - Os investimentos em tecnologia para melhorias de processos e eficiência ainda estão nos planos das empresas e profissionais capazes de entregar as melhores soluções ainda são extremamente bem cotados no mercado. Empresas ligadas ao desenvolvimento de aplicativos para plataformas móveis ou online, além de sistemas de gerenciamento e outros produtos mobile, ganharam força no último ano. Com o aporte que recebem de fundos investidores, são capazes de concorrer com força pelos melhores profissionais no mercado.

O salário de um analista de sistemas, em São Paulo, foi o que obteve maior ganho. O de nível júnior saltou de R$ 2,6 mil no ano passado para até R$ 3,7 mil neste ano. Já na categoria sênior passou de R$ 5,3 mil em 2014 para até R$ 6,5 mil em 2015.

Engenharia e Manufatura - Os engenheiros nos cargos ligados a manutenção, qualidade e produtividade são quem podem garantir economia para as empresas. Profissionais com domínio em língua estrangeira, no entanto, estão em vantagem para manter contato com a matriz das multinacionais aqui instaladas. 

O piso salarial, no entanto, para cargos mais técnicos, demonstrou queda, principalmente no interior de São Paulo e no Rio de Janeiro. Ainda assim, dada a versatilidade dos engenheiros no Brasil e a escassez de bons perfis entre eles, ainda há aquecimento de contratações no setor. 

Os profissionais com nível de coordenação foram os que registraram maiores altas salariais. O engenheiro de segurança do trabalho (coordenação) em São Paulo teve seus rendimentos avaliados em R$ 6,5 mil no ano passado. Neste ano passou para até R$ 9 mil. No Rio de Janeiro, um técnico em segurança do trabalho viu seu salário subir de R$ 4,5 mil em 2014 para até R$ 7,5 mil em 2015. 

Construção Civil - As grandes incorporadoras e construtoras, junto com o período de crise e baixo investimento, deixaram de investir em novos empreendimentos e na necessidade de novos profissionais. Isto fez com que os salários sofressem deflações e que houvesse dificuldade de recolocação e negociação de salários acima da média de mercado. 
"É possível dizer que estamos passando por um período de balanceamento de salários e que o futuro não reserve mais deflações, mas sim a adequação dos pacotes de remuneração praticados no mercado", diz Haag. Um engenheiro de segurança do trabalho em obras sênior no interior de São Paulo recebia em torno de R$ 5,5 mil no ano passado e passou a ter ganhos de até R$ 8,5 mil neste ano.

Suprimentos - As áreas ligadas a Supply Chain são hoje as mais em alta em termos de contratação, demanda de profissionais e salários atrativos. Atividades que antes faziam parte de suporte às operações, hoje ditam grande parte das decisões estratégicas, uma vez que devem ser baseadas sobre um estudo minucioso das condições da empresa e quais os melhores caminhos a seguir para maximizar resultados e evitam gastos desnecessários. 
O analista de logística júnior foi o profissional desse segmento que apresentou melhores ganhos. Em 2014 sua remuneração era de R$ 2,6 mil e foi para até R$ 5 mil neste ano. 

"Para a Logística, fica a missão de manter o negócio em movimento, aumentando eficiência e driblando os altos custos de distribuição crônicos do Brasil e garantindo que a compra e venda dos produtos sejam ainda rentáveis", pontua o diretor. 

Recursos Humanos - O setor de RH tem hoje um papel ainda mais relevante nas operações de suas empresas e a missão de converter o potencial máximo do quadro de funcionários em busca de eficiência e coesão nas suas formações. Com os cortes ocorridos durante este ano, grandes equipes de Recursos Humanos deixaram de ser estritamente necessárias e os salários para substituição demonstraram pequena retração ou manutenção se comparados com os anos anteriores. 

Os cargos de coordenação no Rio de Janeiro foram os que apresentaram maiores altas. Um coordenador de departamento pessoal tinha salário de R$ 6 mil em 2014 e saltou para até R$ 7,2 mil em 2015. No caso de um analista de recursos humanos, os ganhos saltaram de R$ 6 mil em 2014 para até R$ 7 mil neste ano.

Secretariado e Administrativo - A área de secretariado é ainda dependente do histórico e relacionamento entre o profissional e a gestão a qual está relacionada. Durante a contratação geralmente estão em jogo além das qualificações, a relação de empatia entre o empregador e o candidato à vaga. 

Uma mudança interessante no mercado foi o surgimento do cargo de Office Manager como a melhor alternativa para start-ups ou empresas com operações enxutas que precisam de um profissional com conhecimento administrativo e que pode gerenciar os recursos de estrutura, pagamento de contas e material de escritório. O salário desse profissional em nível sênior está em alta: passou de R$ 9 mil no ano passado para até R$ 10,5 mil neste ano.

O sobe e desce salarial - Ainda de acordo com o Estudo de Remuneração, 20 cargos entre 161 consultados apresentaram alterações significativas nas faixas salariais. Das 20 posições analisadas, 16 conquistaram aumento no período e quatro tiveram seus rendimentos reduzidos.

Quem ganhou!

Analista contábil sênior, em São Paulo, saltou de R$ 5 mil em 2014 para até R$ 6,5 mil neste ano. Analista de controladoria sênior no Rio de Janeiro, passou de R$ 4,3 mil no ano passado para até R$ 5,5 mil neste ano.

Vendas técnicas júnior. Em São Paulo, o salário desse trabalhador foi de R$ 4515 mil para até R$ 5,8 mil. 
Desenvolvimento de negócio - setor químico. Os rendimentos desse profissional saltaram de R$ 5,95 mil em 2014 para até R$ 8 mil neste ano.

Coordenador de inteligência de mercado (bens de consumo) - SP passou de R$ 5,8 mil para até R$ 7 mil. 
Analista de trade marketing sênior (bens de consumo) no interior de SP: passaram de R$ 4,2 mil em 2014 para até R$ 5 mil em 2015. 

Analista pleno de Operações: pulou de R$ 5,9 mil no ano passado para até R$ 7 mil neste ano.

Analista de sistemas júnior, em São Paulo, saltou de R$ 2,6 mil no ano passado para até R$ 3,7 mil neste ano. 

Analista de sistemas sênior, em São Paulo, passou de R$ 5,3 mil em 2014 para até R$ 6,5 mil em 2015.

Engenheiro de segurança do trabalho (coordenação) em São Paulo teve seus rendimentos avaliados em R$ 6,5 mil no ano passado. Neste ano passou para até R$ 9 mil. 

Técnico em segurança do trabalho (RJ): subiu de R$ 4,5 mil em 2014 para até R$ 7,5 mil em 2015.

Engenheiro de segurança do trabalho em obras sênior no interior de São Paulo recebia em torno de R$ 5,5 mil no ano passado e passou a ter ganhos de até R$ 8,5 mil neste ano.

Analista de logística júnior: em 2014 sua remuneração era de R$ 2,6 mil e foi para até R$ 5 mil neste ano.

Coordenador de departamento pessoal (Rio de Janeiro) - tinha salário de R$ 6 mil em 2014 e saltou para até R$ 7,2 mil em 2015. 

Coordenador de Recursos Humanos (Rio de Janeiro) - Os ganhos saltaram de R$ 6 mil em 2014 para até R$ 7 mil neste ano.
Office manager sênior: passou de R$ 9 mil no ano passado para até R$ 10,5 mil neste ano. 

Quem perdeu rendimentos:
- Analista de Custos e Orçamento sênior, que atua no Rio de Janeiro: R$ 8 mil em 2014 para até R$ 6,5 mil neste ano.
- Coordenador de Tesouraria em Campinas: R$ 9,5 mil no ano passado e até R$ 8 mil neste ano.
- Técnico de Manutenção Sênior - Campinas: de R$ 4,9 mil para até R$ 3,5 mil.
- Técnico em Eletrotécnica Pleno - Campinas: de R$ 4,9 mil para até R$ 5,9 mil.


FONTE: Conteúdo Comunicação

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