Quando olho para trás, penso que se eu soubesse de tudo isso quando tinha 20 e poucos anos, talvez eu tivesse aproveitado mais algumas coisas e perdido menos tempo com outras
Em junho desse ano, eu fiz – INACREDITÁVEIS – 34 anos.
Sim, eu sei que não parece (por favor, digam que não parece, tá?), mas nem eu consigo acreditar que já tenho toda essa idade. Na minha cabeça, eu ainda tenho 24.
O engraçado é pensar que quando eu tinha 24, eu não conseguia sequer imaginar como seria a minha vida aos 34 anos. Estava tão, tão distante que era difícil até mesmo vislumbrar.
Não fazia muito tempo que eu tinha terminado a faculdade e tinha acabado de realizar 2 sonhos: conseguir um emprego em uma grande agência e comprar o meu primeiro carro (parcelado em 60 vezes, claro!).
Muita coisa mudou de lá para cá e, como a grande maioria dos meus leitores tem 20 e poucos anos, decidi fazer a tiazona e escrever sobre aquilo que eu gostaria que alguém tivesse me dito quando eu tinha essa idade. Mesmo que talvez, eu não tivesse ouvido.
1. Não se endivide
Por se endividar entenda ter tantas coisas para pagar todo mês que você mal vê o dinheiro passar pela conta bancária no dia do pagamento ou estar sempre no negativo. Quando isso acontece, você se torna refém do seu emprego, do seu salário e esse é o primeiro passo para o descontentamento com a vida.
Será que você realmente precisa comprar tudo o que compra ou viver nos padrões que você vive? Será que você está gastando o seu dinheiro de forma inteligente, com coisas que te fazem realmente feliz? Eu gostaria de ter percebido muito antes que não.
2. Guarde dinheiro
Não para comprar uma casa, um carro melhor ou para viajar nas férias. Guarde dinheiro para ter liberdade de escolha. Quando não temos nenhuma reserva ou guardamos dinheiro com apenas um propósito em mente, deixamos passar oportunidades que poderiam mudar totalmente a nossa vida no futuro.
Eu só fui começar juntar dinheiro depois dos 30 anos. Por isso, quando eu decidi usar esse dinheiro para viajar em vez de comprar um apartamento, muita gente achou que eu estava completamente louca.
A verdade é que eu não tomei essa decisão antes porque estava sempre endividada e sem dinheiro. Além disso, uma casa eu vou ter a vida toda para comprar, mas essa viagem com certeza não seria a mesma se eu fosse ainda mais velha.
3. Invista no seu bem-estar
Acho que a única coisa a qual eu me arrependo na vida é isso. Como eu queria que alguém tivesse me forçado a fazer exercícios físicos, a comer de forma mais saudável, a não tomar sol como uma louca sem protetor, a usar anti-rugas desde os 25 anos e a beber mais água.
Gente, sério, a coisa mais importante que nós temos na vida é a nossa saúde. Eu aprendi isso quando perdi meu pai ainda muito jovem e quanto mais cedo você se der conta disso, melhor. O seu “eu” mais velho vai te agradecer.
4. Não namore ou case com alguém só porque você está com ele ou ela há muito tempo ou porque “é o melhor que você pode arranjar”
Quando eu era mais nova, eu conhecia um cara num dia e no dia seguinte achava que ele era o amor da minha vida. Passava mais duas semanas, eu já estava apaixonada de novo, por outro. Isso sempre me fez pensar se eu realmente saberia quando o cara era realmente O CARA, sabe?
Aí eu comecei namorar para valer. Achei que ele fosse o tal cara. Depois de quase 5 anos, por mais amor que eu sentisse e por mais perfeito que ele fosse, eu não me via casada com ele.
Mesmo com quase 29 anos e achando que eu nunca mais arranjaria um namorado tão bacana, eu decidi terminar e hoje tenho certeza que foi o melhor para nós dois.
5. Assuma a responsabilidade pelas suas escolhas
Eu recebo muitos emails de pessoas cheias de sonhos que, por causa dos pais, do namorado, do que os outros vão pensar, desistem do que sonham.
Cada sonho que deixamos passar vira um fantasminha. E, pode acreditar em mim, um dia ele vai te assombrar.
Se você não muda de cidade por causa dos seus pais, você escolheu abrir mão disso porque não quer decepcioná-los. Se você deixou de tirar um sabático por causa do seu namorado, você escolheu não querer lidar com as consequências de ir mesmo contra a vontade dele.
Nunca culpe os outros pelas coisas que você fez ou deixou de fazer. Mesmo que você não perceba, você fez uma escolha e precisa ser responsável por ela.
Quando olho para trás, penso que se eu soubesse de tudo isso quando tinha 20 e poucos anos, talvez eu tivesse aproveitado mais algumas coisas e perdido menos tempo com outras.
Mas se soubesse, com certeza não teria aprendido nem metade do que aprendi e não poderia escrever esse texto dando alguns pequenos toques para você quem tem 20 a poucos anos, não é?
Por isso, não me arrependo de absolutamente nada. Tudo o que fiz me ajudou a estar aqui.
Agora, aos 34 anos, a minha vida é muito mais maravilhosa do que eu jamais poderia sonhar 10 anos atrás e espero que continue assim nos próximos!
Ah, e aproveitando o texto, quero pedir uma coisa para vocês! Se você está lendo esse texto e tem mais de 44 anos, que tal escrever nos comentários qual a sua idade e o que você gostaria de ter sabido nos seus 30 e poucos anos?
Texto originalmente postado no Feliz Com a Vida e cedido gentilmente pela autora
Fernanda Nêute
Paulistana, publicitária e nômade digital. Depois de trabalhar por mais de 12 anos no mercado publicitário, em 2013, decidiu que era a hora de investir em um grande sonho: viajar pelo mundo. Apaixonada por novos lugares, línguas, sabores, culturas e pessoas, já teve a oportunidade de vivenciar um pouco de tudo isso em 25 países até agora. Acredita no poder transformador da internet e também é criadora do Projeto FÊliz com a Vida.
Fonte: www.administradores.com.br
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