quinta-feira, 30 de julho de 2015

Mais da metade dos gestores trabalha mais de 40 horas por semana, diz estudo.

Uma nova pesquisa publicada pelo jornal Wall Street Journal mostra que a jornada de trabalho tradicional, aquela que fixa quarenta horas semanais, pode estar próxima de ter o mesmo destino que o telefone de sua casa: ser extinta. A pesquisa da EY (Ernst & Young) aponta que mais da metade dos gestores entrevistados está trabalhando mais do que 40 horas semanais e aproximadamente 40% deles afirmou que o número de horas trabalhadas cresceu consideravelmente nos últimos cinco anos.
Para elaborar a pesquisa, foram entrevistados 9.699 empregados com contratos fixos em oito países. O objetivo do estudo era identificar o bem estar deles no ambiente de trabalho. No geral, eles afirmaram que suas responsabilidades cresceram, enquanto os salários permaneceram os mesmos. E, enquanto as tecnologias permitiram melhores recursos às empresas, como softwares para trabalhos remotos e flexibilidade, também acabaram deixando “as pessoas presas à seu trabalho sete dias por semana”, afirmou Karyn Twaronite, que chefiou o estudo, ao Wall Street Journal. 58% dos gestores norte-americanos afirmaram trabalhar mais de 40 horas por semana, só ficando atrás dos mexicanos, cujo percentual ficou em 61%. Para termos comparativos, trabalhar além dessa jornada foi algo citada por um terço dos funcionários britânicos entrevistados e um quinto dos chineses.
As jornadas maiores parecem atingir mais os funcionários que são pais, afirma a revista. 41% dos gestores que têm filhos disseram que as horas trabalhadas aumentaram nos últimos cinco anos, enquanto 37% dos gestores sem filhos afirmaram o mesmo.
E o que está tornando tão difícil para eles conciliar carreira e família? Os entrevistados afirmaram que é justamente o fato de os salários manterem-se estáveis, enquanto as despesas – assim como a carga de trabalho – só aumentam. Gestores dos EUA dizem que têm dificuldade para dormir, encontrar tempo para si e para lidar com mais responsabilidade. Esta constatação sugere que líderes empresariais precisam pensar mais sobre o bem-estar dos funcionários, segundo Twaronite .
A pesquisa também perguntou o que as empresas estavam fazendo para compensar as cargas excessivas de trabalho dos funcionários. Algumas deixam o horário das sextas-feiras flexíveis, por exemplo. Mas os trabalhadores norte-americanos disseram que “arranjos flexíveis são uma solução imperfeita”.
Fonte: Época, 29.07.2015

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