quinta-feira, 7 de abril de 2016

Como aproveitar melhor o tempo gasto no caminho até o trabalho.

Muita gente pode considerar que o período gasto no caminho até o trabalho é um tempo perdido. Mas não precisa ser assim — de acordo com um estudo de professores americanos, esse tempo pode ser usado para deixar a rotina profissional mais satisfatória.
Conduzido por professores das universidades de Harvard e Columbia, entre outras, o estudo tentou entender se o tempo gasto no deslocamento entre casa e trabalho sempre tem efeito negativo na satisfação de um profissional. Mais de um terço dos brasileiros gasta mais de meia hora para chegar até o trabalho todos os dias, segundo dados do Censo de 2010. Em São Paulo, quase 6% dos trabalhadores demoram mais de duas horas nesse caminho — três vezes a média brasileira, de 1,8%.
Por meio de dois experimentos, os pesquisadores viram que profissionais com níveis elevados de autocontrole sofrem menos efeitos negativos de passar muito tempo se deslocando entre casa e emprego. Isso porque eles costumam usar esse tempo para pensar nas responsabilidades do trabalho e traçar objetivos para aquele dia, ao invés de realizar atividades dedicadas ao prazer pessoal, como ouvir música e ler.
Em uma terceira pesquisa, os resultados comprovaram que mesmo profissionais que não apresentavam níveis altos de autocontrole sentiam mais satisfação com o trabalho e menos cansaço quando usaram o tempo de deslocamento para planejar o dia que viria e se preparar para o trabalho.
Embora o tempo gasto até o emprego normalmente esteja fora do controle dos profissionais — em especial em grandes metrópoles de trânsito imprevisível —, os autores destacam que é possível controlar como esse tempo será usado. Para eles, mesmo separar alguns minutos durante o deslocamento para planejar o dia pode transformar um tempo considerado perdido em um momento benéfico. “Deslocar-se até o trabalho pode ser visto como uma tarefa chata, mas também pode se tornar um período útil”, escrevem os autores.
Fonte: Valor Econômico, por Letícia Arcoverde, 05.04.2016

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