A inteligência emocional continua tão importante no mercado de trabalho desde a sua descoberta cientifica por Daniel Goleman em 1995. É bem verdade que tanto a habilidade técnica, quanto a comportamental são importantes para o sucesso na carreira de qualquer profissional, mas sem dúvida, o fator que impulsiona na carreira ou que faz tropeçar é a sua habilidade comportamental.
Há pouco tempo ser um especialista de qualquer habilidade técnica garantia um trabalho e, até mesmo, segurava um profissional na empresa. Hoje tudo mudou.
O mercado de trabalho global vem exigindo mais dos candidatos a vagas de empregos. E os melhores empregadores do mundo não são apenas os mais exigentes – estão em busca dos melhores graduados que também sejam fortes em inteligência emocional.
Claro que o alto desempenho na vida acadêmica ainda importa. Mas, no mercado atual, os melhores empregadores estão em busca de algo mais: querem graduados com habilidades interpessoais. Para se ter uma ideia, a Universidade Americana de Administração Yale acrescentou um teste de inteligência emocional ao seu processo de admissão.
E como anda a sua inteligência emocional?
Como acontece com o QI, existem diversos modelos teóricos de inteligência emocional, o que vou apresentar a seguir, trata-se do modelo desenvolvido por Daniel Goleman que irá ajudá-lo a refletir sobre seu próprio conjunto de forças e limites em inteligência emocional. Não se trata de um “teste” de Inteligência Emocional, mas de uma “amostra” para fazê-lo pensar sobre suas próprias competências:
1 – Você costuma estar consciente de seus sentimentos e por que se sente assim?
2 – Você está consciente de suas limitações, bem como de suas forças pessoais, como um líder?
3 – Consegue lidar bem com suas emoções negativas – por exemplo, recuperar-se rapidamente quando fica contrariado ou tenso?
4 – Consegue se adaptar facilmente a realidades em mudança?
5 – Você mantem o foco em seus objetivos principais e conhece os passos necessários para chegar lá?
6 – Você normalmente consegue perceber os sentimentos das pessoas com quem interage e entender suas formas de ver as coisas?
7 – Você possui um dom para a persuasão e para usar sua influência com eficácia?
8- Você consegue conduzir uma negociação a um acordo satisfatório e ajudar a dirimir conflitos?
9 – Você trabalha bem em equipe ou prefere trabalhar sozinho?
O ideal é que as respostas sejam “sim” para todas as questões do teste. A inteligência emocional não pode ser comprada, terceirizada ou até mesmo ensinada, não é de fora para dentro e sim de dentro para fora. Não está atrelada a idade cronológica tampouco a experiência profissional.
A boa noticia é que as competências de inteligência emocional podem ser aprendidas e aperfeiçoadas, tudo depende de sua escolha e disposição em desenvolvê-las.
Para garantir sua empregabilidade no mercado de trabalho é só ter foco para desenvolver cada vez mais sua habilidade comportamental. Comece hoje seu processo de desenvolvimento!
*Daniela do Lago é coach de carreira, palestrante, professora dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas nas disciplinas de Gestão de Pessoas, Comportamento Organizacional, Comunicação e Relacionamento Interpessoal e escritora. Em 2014 lançou o livro “Despertar Profissional”, pela Editora Integrare, que contém dicas práticas de comportamento no trabalho.
Fonte: Você S/A, por Daniela do Lago, 05.04.2016
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