sábado, 16 de abril de 2016

Brasileiros dizem que alta rotatividade prejudica empresas e trabalhadores.

Quase metade dos brasileiros – 48% – acredita que as pessoas mudam de trabalho mais do que deveriam. Para mais de 70%, esse troca-troca prejudica as empresas, a economia e os trabalhadores, revela a pesquisa Rotatividade no Mercado de Trabalho, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Mesmo assim, os próprios entrevistados reconhecem que não ficam muito tempo no mesmo emprego. De acordo com a pesquisa, três em cada dez trabalhadores atuam na mesma área por até dois anos. Apenas 24% estão na mesma área há mais de 15 anos. Entre os jovens com 16 a 24 anos, só 14% planejam seguir carreira no mesmo trabalho por mais de 15 anos.
Na avaliação da indústria, a alta rotatividade compromete a produtividade. “Os trabalhadores que permanecem mais tempo no trabalho são mais produtivos, porque têm mais incentivo e facilidades para adquirir conhecimentos e desenvolver as habilidades necessárias ao desempenho das suas atividades”, diz o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
Além disso, o levantamento mostra que apenas 14% dos brasileiros tiveram ou têm um único trabalho com ou sem carteira assinada ao longo de suas vidas. Outros 30% já passaram por mais de cinco empregos e 47% tiveram mais de dois e menos de cinco empregos. Os moradores de cidades maiores tendem a mudar mais de trabalho. Nos municípios com mais de 100 mil habitantes, o número de pessoas que passaram por mais de cinco trabalhos sobe para 30%. Nas cidades com até 20 mil habitantes, cai para 23%.
“Mesmo em tempos de crise, a oferta de trabalho é maior e mais diversificada nas cidades de grande porte. Nesses municípios, há uma concorrência maior pela mão de obra, o que facilita a troca de trabalho”, explica Fonseca. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios de 18 a 21 de setembro de 2015.
SAIBA MAIS – Acesse a página da pesquisa Rotatividade no Mercado de Trabalho para conhecer todos os detalhes da publicação.
Fonte: Agência CNI de Notícias, por Verene Wolke, 07.04.2016

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