O estresse é encarado pelas empresas como o principal risco para a saúde e a produtividade dos funcionários, segundo pesquisa global da consultoria Willis Towers Watson.
O problema foi selecionado por 62% dos empregadores brasileiros, e também aparece em primeiro lugar na média global e em quase todas as regiões pesquisadas. Os dados fazem parte de dois estudos, um aplicado em 1.669 companhias de 34 países, e outro realizado com 30 mil funcionários de 19 mercados.
Embora menos de um quarto das empresas tenham feito programas de saúde e bem¬estar voltados para o estresse no ano passado, o tema está nas agendas das companhias. Quase metade (45%) têm programas de gerenciamento de estresse planejados para 2016, e 11% consideram criar medidas em 2017 ou 2018.
Para Felinto Sernache, líder da área de consultoria e soluções em previdência para a América Latina, uma das razões para a preocupação é a maior pressão por resultados gerada pelo atual cenário econômico. “O estresse foi identificado como grande vilão que mexe no ambiente de trabalho, na produtividade e no resultado que as empresas esperam das pessoas”, diz.
Há certa desconexão, no entanto, no que empresas e funcionários consideram ser as causas do estresse. Para empregadores, a principal razão é a falta de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, enquanto para os empregados, o motivo número um são os salários baixos. Em segundo lugar, para os dois grupos, está o quadro de pessoal inadequado, o que inclui a distribuição de trabalho desigual dentro das equipes.
Entre as cinco razões mais citadas por empregadores e funcionários estão também preocupações relacionadas à situação financeira pessoal e, no caso dos funcionários, o medo de perder o emprego. Para empregados entre 20 e 49 anos de idade, os custos em geral são a prioridade financeira atual, enquanto para os com mais de 50 anos é a poupança para a aposentadoria.
Se tivessem a escolha de receber um valor maior em benefícios, mais de um quarto dos funcionários brasileiros de todas as idades (26%) investiriam no plano de aposentadoria, enquanto 24% melhorariam o plano de saúde.
Fonte: Valor Econômico. Por Letícia Arcoverde, 27.06.2016
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