terça-feira, 3 de maio de 2016

Os 7 Pecados Capitais dos Benefícios Corporativos que o RH comete.

Muito se fala/pensa acerca de benefícios porque eles são os pilares da motivação e satisfação no trabalho por parte dos colaboradores. De modo que gerir de maneira eficiente os benefícios corporativos não pode ficar em segundo plano: pelo contrário, deve ser prioridades na área de Recursos Humanos.
Entretanto, existem erros comuns no que compete a benefícios corporativos que são repetidos por empresas de pequeno, médio e grande porte. Apelidamos tais erros de “Os 7 Pecados Capitais dos Benefícios Corporativos” e decidimos lançar luz sobre suas consequências e como evitá-los:
Pecado 1: Não levar em consideração o perfil dos colaboradores para contratar os benefícios
Cada empresa possui uma cultura organizacional diferente e, como consequência, um perfil diferente de colaboradores. Escritórios de advocacia tendem a cultivar um ambiente sóbrio e austero, enquanto produtoras de filmes são normalmente descontraídas e informais.
Portanto, é de se esperar que os profissionais de cada empresa se motivem por benefícios distintos, alinhados com seus respectivos perfis.
Além de fortalecer o engajamento com o quadro corrente de colaboradores, selecionar benefícios congruentes com a cultura organizacional também serve no sentido de atrair o tipo certo de profissional para a sua empresa quando uma vaga for aberta. Já falamos aqui sobre a importância crucial de contratar os candidatos compatíveis com a cultura da sua empresa.
Pecado 2: Não atualizar informações sobre colaboradores
O diretório de colaboradores das empresas que não utilizam um software de gestão e controle de Departamento Pessoal costuma ficar em uma planilha de Excel.
Não raro alguma informação sobre um colaborador muda e o novo dado não é computado na planilha. Se a mudança for o endereço do profissional, a empresa que não alterar o dado na planilha não sofrerá consequências grave. Porém, se o colaborador tiver um filho e o fato passar despercebido na planilha — e, por consequência, esse filho não for incluído como beneficiário no plano de saúde –, a empresa terá danos.
Pecado 3: Não fazer solicitação de benefícios logo que um colaborador é admitido
Um processo de admissão, também conhecido como onboarding, bem conduzido faz diferença no engajamento e visão que o novo colaborador carrega da empresa. Há uma série de práticas do onboarding que são de atribuição do RH estratégico, como apresentação do novo funcionários à história e valores da organização (bem como aos seus colegas de trabalho) e feedback nos primeiros meses.
Mas existem algumas, não encaradas com a mesma atenção, que são dever do Departamento Pessoal, dentre as quais se encontra a possibilidade de usufruir dos benefícios corporativos logo ao entrar na empresa.
É mais trivial do que deveria testemunhar um novo colaborador que demora de três semanas a um mês para receber Vale Transporte ou Vale Refeição, e que, portanto, precisa gastar de seu próprio dinheiro para almoçar e se locomover ao trabalho no início.
Pecado 4: Não cortar benefícios logo que um colaborador é desligado
Não apenas quando um colaborador é integrado à organização que o RH estratégico deve se preocupar em conduzir o processo de forma harmônica. Mesmo quando alguém é desligado, por qualquer motivo que seja, a empresa deve se preocupar em transmitir uma imagem profissional e séria.
Contudo, em relação ao que cabe ao Departamento Pessoal no processo de desligamento, o pecado não está ligado à reputação organizacional, mas ao aspecto financeiro: não cortar os benefícios corporativos do colaborador imediatamente quando ele é desligado.
Imagine que o colaborador X é desligado da empresa e cumpre aviso prévio de um mês. Ao final desse período, o analista de Recursos Humanos esquece de retirar o nome do colaborador X da planilha de Excel usada para fazer a gestão de benefícios da empresa, de modo que X continue recebendo créditos em seu Vale Refeição e Vale Transporte.
Agora imagine isso acontecendo com vários colaboradores, cujos nomes não são retirados da planilha por esquecimento ou erro manual. Quanto dinheiro a empresa está desperdiçando com esse tipo de equívoco?
É por isso que o quarto pecado em Benefícios Corporativos acarreta um ônus financeiro tão grande, mas sorrateiro, nas empresas “pecadoras”.
Pecado 5: Confiar que a operadora de benefícios está sempre certa
Esse se parece com a falha (cometida por muitos RHs) de terceirizar todo o seu Departamento Pessoal para um escritório contábil. Confiar que a operadora de seguros/benefícios está sempre certa é um perigo para a empresa, pois se acontecer algum erro de creditação por parte dela, é da empresa que o colaborador vai cobrar.
Dentre os exemplos mais usuais desse pecado, podemos destacar a creditação de saldo errado no Vale Transporte dos colaboradores. Se o valor creditado for menor do que o devido, o colaborador não poderá exercer o gozo pleno de seus direitos e, como consequência, ficará insatisfeito; se o valor creditado for maior do que o devido, a empresa estará gastando inadvertidamente um dinheiro não previsto.
Existem casos nos quais esse pequeno gasto “extra” com um benefício se torna um perigoso ralo sugador de dinheiro no longo prazo.
Pecado 6: Não confirmar a cobertura do Seguro de Vida
Muitas vezes, o RH envia a proposta de emprego para o novo funcionário e não informa a cobertura para seu nível de cargo. O valor da cobertura costuma ser estipulado em função do salário do colaborador: diz-se que o colaborador X tem uma cobertura de Seguro de Vida igual a 24 vezes o valor de seu salário.
É importante verificar se o múltiplo salarial não ultrapassa o limite determinado na apólice e também se há necessidade de Declaração de Saúde, pois nesse caso o seguro poderá ser negado diante de algumas doenças ou condições de saúde portadas pelo colaborador, como hipertensão, diabetes ou sobrepeso.
Pecado 7: Não informar ao colaborador o seu nível de plano
Quanto mais informado for o colaborador a respeito dos benefícios que recebe, mais seguro e satisfeito ele vai se sentir. A condição acima é ainda mais forte se estivermos falando sobre o Seguro Saúde – já que se trata de um assunto delicado.
É essencial apresentar ao funcionário um resumo de rede credenciada do plano de saúde e também qual é o seu nível de acomodação (enfermaria ou quarto privativo, por exemplo) para que em caso de emergência ele se dirija ao prestador correto o mais rápido possível.
Fonte: Blog Convenia, por Luca Venturini, 03.05.2016

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