domingo, 9 de agosto de 2015

Pesquisa aponta mudança de rumo nas contratações programadas pelas empresas.

Seis meses depois de realizar sua pesquisa anual Tendências e Práticas de Recursos Humanos, a consultoria global de gestão de negócios Hay Group voltou a campo para entender se os resultados da sua pesquisa mantinham o mesmo otimismo em relação ao cenário econômico. Os dados desta nova edição, composta por 301 empresas, demonstraram que os entrevistados mudaram de opinião e 68% já reconhecem 2015 como pior que o ano anterior.
O estudo aponta que esse pessimismo foi impulsionado por fatores econômicos e seus reflexos diretos nos resultados financeiros da empresa. Sinalizado como um possível problema na primeira edição da pesquisa, a alta do dólar e da inflação foi sentida de maneira intensa por 48% das empresas no primeiro semestre. Além disso, a desvalorização do real em relação à moeda americana também agravou a situação, sendo considerada prejudicial por 60% da amostra.
Mais da metade – cerca de 58% – afirmou que os resultados orçados com base no desempenho da empresa na primeira metade do ano, ficaram abaixo do esperado.
Nesse cenário, as contratações programadas para este ano foram canceladas ou suspensas em 53% dos casos e a gestão de talentos se manteve como um ponto crítico. Assim como identificado na primeira edição do estudo, o engajamento e a retenção de talentos continuam apresentando índices preocupantes para grande parte das empresas.
“Havíamos previsto que 2015 seria um ano conservador para os negócios no Brasil, porém o contexto econômico atual tem forçado as empresas a serem ainda mais cautelosas e reavaliarem suas intenções de investimentos”, afirma Gustavo Tavares, diretor do Hay Group.
A nova pesquisa identificou poucos sinais de otimismo, mas há uma aposta para o segundo semestre: 73% afirmaram que esperam um cenário desafiador, porém favorável para os negócios nos próximos seis meses.
“Passada a primeira metade do ano, é natural que as empresas já estejam um pouco mais conscientes de suas reais possibilidades para o restante do ano, e com isso, passam a priorizar oportunidades de negócio que as ajudem a retomar sua competitividade no mercado no curto prazo”, explica Tavares.
Fonte: ABRH, 05.08.2015

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