quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional está mais difícil para 1/3 dos brasileiros.

Um terço dos profissionais brasileiros – 33% – acha que é mais difícil administrar a vida pessoal e profissional hoje do que era há cinco anos. Trabalhadores com filhos e da Geração X, e pessoas nascidas do início dos anos 1960 até o final dos anos 1970 seriam os mais afetados. É o que a firma o estudo Global Generation Research realizado pela Ernst & Young (EY), empresa de auditoria e consultoria empresarial.

O percentual coloca o Brasil em 5º lugar no ranking, atrás da Índia (34%), Reino Unido (37%), Japão (44%) e Alemanha (49%). O levantamento ouviu 9.699 pessoas com idades entre 18 e 67 anos e de oito países. No Brasil, 1.208 pessoas participaram da pesquisa.
As cinco principais razões apontadas para o aumento da dificuldade em administrar as responsabilidades da vida familiar e profissional são: o aumento salarial não acompanhou o aumento das despesas; mais responsabilidades no trabalho; mais responsabilidades em casa; maior jornada de trabalho; e, por fim, ter um ou mais filhos.
As longas jornadas de trabalho são um dos pontos que mais merece atenção: para 51% dos profissionais que ocupam cargos de gerência, a carga horária semanal de trabalho ultrapassa 40 horas. “Esse aumento é uma das possíveis causas para a maior dificuldade em equilibrar a vida dentro e fora do escritório. Principalmente para aqueles que ocupam cargos de gerência”, diz Elisa Carra, diretora de RH da EY.
O gráfico a seguir mostra o ranking dos oito países pesquisados com mais dificuldade de alcançar o equilíbrio:
Retenção de talentos
Como a retenção de talentos é um das principais preocupações das companhias em todo o mundo, a pesquisa também perguntou o que levaria os respondentes a deixar um emprego ou ir em busca de novas colocações.
As cinco principais razões apontadas pelos brasileiros, por ordem de importância, foram:
1. Percentuais mínimos de aumento de salário.
2. Falta de oportunidades para avançar na empresa.
3. Um gestor que não permite jornadas flexíveis de trabalho.
4. Um ambiente corporativo que não encoraja trabalho em equipe.
5. A percepção, por parte da empresa, de que pessoas que têm jornadas flexíveis de trabalho são penalizados com falta de oportunidades ou piores salários.
“Os resultados mostram que para atrair e reter talentos as empresas devem investir em um clima organizacional que estimule a interação e cooperação entre os colaboradores e modelos de trabalho mais flexíveis”, completa Elisa.
Fonte: ABRH, 25.08.2015

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