O que normalmente acontece? Você se depara com uma ideia nova, seja PNL, Coaching, Marketing Digital, Design Thinking e por aí vai... E no momento que ela é interessante, você entra na fase um
Esses dias eu estava notando como adquirir conhecimento é algo um tanto quanto estranho, se analisarmos a linha do tempo. Aprendemos algo, nos encantamos, passamos a ter algumas dúvidas e, quem sabe, chegamos às certezas. Não faz sentido, você concorda?
O que normalmente acontece? Você se depara com uma ideia nova, seja PNL, Coaching, Marketing Digital, Design Thinking e por aí vai... E no momento que ela é interessante, você entra na fase um:
O deslumbre - É aquela magia da descoberta, quase como uma paixão à primeira vista. Você não consegue notar falhas, apenas aquela sensação maravilhosa de finalmente ter descoberto algo que faz todo sentido para você e lhe completa. Questionamos como vivemos sem isso tanto tempo e como existem pessoas malucas que não usam isso.
Infelizmente, grande parte das pessoas acaba por aqui. Aprende um conceito ou uma ideia superficialmente, usa a parte mais elementar dela e por aí segue até achar outra paixão.
No entanto, tem aquelas que ficam tão encantadas ou são tão curiosas que precisam aprofundar suas ideias e entender até onde aquilo pode chegar.
O questionamento – Essa é a segunda fase. É aquele momento em que as crenças antigas, junto das falhas do novo conceito, se confrontam com a situação atual. Você começa a levantar diversas questões que diminuem o poder de impacto daquilo que descobriu. É fase de encarar a verdade, a paixão passou e agora os prós e contras são lúcidos e bem claros.
O que acontece muitas vezes é que a frustração começa a ser tão grande com as expectativas não atingidas e as possibilidades diminuídas, que é melhor deixar para lá e partir pra outra. Fica aquele ressentimento e sensação de engano.
Quase todo mundo que não ficou na fase anterior, acaba por finalizar seus laços por aqui.
A concretização - Os pouquíssimos que chegam são merecedores por estarem nessa etapa e, digamos, os verdadeiros portadores do conhecimento. É quando você enfrenta as desconfianças, entende as incertezas e limites daquele conceito e consegue enxergar seu real potencial.
Desta forma, você está completamente consciente do que ele representa, o que pode ajudar e sabe apreciar isso da melhor forma, sem se sentir mal por aquilo que ele não pode fazer.
É o patamar mais difícil, requer muitas dores, estudo e suor para chegar até aqui.
Obs: sim, você pode levar isso para os relacionamentos humanos, mas o foco aqui é no conhecimento.
Deixe-me compartilhar um case meu bem simples para elucidar o artigo. Quando comecei meus estudos pelo empreendedorismo, eu logo me encantei com a ideia de ser completamente apaixonado por aquilo que se faz. Parecia a coisa mais extraordinária do mundo e sensata, e eu não entendia como as pessoas estavam em lugares que não queriam estar ou não amavam.
Com o passar do tempo, passei a estudar muito mais a fundo o empreendedorismo e a neurociência e comecei a questionar muito tudo isso: até que ponto essa paixão realmente refletia em algo útil para o mundo; o quanto tínhamos responsabilidades e nem tudo era fácil; e o quanto apenas viver de amor era realmente viver.
Foi depois de alguns anos, vivendo essa guerra na minha mente entre a paixão, talento e negócios, que consegui esclarecer e criar uma crença muito forte sobre isso. Nem tudo o que amamos pode se transformar em um negócio e apenas os nossos talentos jamais nos tornarão excepcionais em causar um impacto tão grande no mundo. É estar profundamente apaixonado que faz você atingir o impossível e vencer barreiras até então intransponíveis. A questão é que não é qualquer amor, e apenas ele também não é suficiente... é um conjunto de fatos, que são liderados por um senso de propósito, uma paixão única por aquilo que você precisa fazer para melhorar o mundo.
Desta forma, entendi também essas fases do conhecimento. Que quando você realmente consegue vencer e tem uma plenitude do potencial e os limites, o faz mais pronto para o que está por vir.
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