domingo, 18 de outubro de 2015

Profissional enferrujado e descartado? Jamais.

Por Patrícia Carneiro Pessoa Pousa para o RH.com.br

As exigências da economia global e um cenário intenso de mudanças, caracterizadas por serem incontroláveis, permanentes, aceleradas e imprevisíveis, determinaram o alinhamento de ações estratégicas às decisões relacionadas à Gestão de Pessoas.

Isto requer preparação para enfrentar de modo efetivo tais demandas, com investimentos, relacionados aos mais variados aspectos, e a urgência com relação às mudanças.

Diante do cenário atual do país e do presente desemprego, muitos profissionais, considerados como se estivessem "em fim de linha", passam a ser vistos com um novo olhar.

Fim do antigo paradigma: 40 anos ou mais não significa fim de carreira, o mercado de trabalho está valorizando e se reestruturando para a absorção deste profissional.

Este tema, então, encontra-se em pauta entre os gestores de Recursos Humanos, bem como na referida área de Gestão de Pessoas, que passa a ter que analisar práticas inovadoras, para a absorção destes profissionais, entendidos como diferenciais para as empresas.

Numa economia onde a criação de valor provém basicamente das pessoas, os resultados dos recursos humanos, não é questão de opção, e sim de sobrevivência e mais do que isto de competitividade. O gerenciamento das pessoas e de equipes, nesse contexto de negócios exige foco em resultados, alavanca a produtividade dos colaboradores, à medida que verifica e direciona sua atuação para a missão da empresa. O momento em questão pretende trazer visibilidade na atuação de profissionais que sejam protagonistas em seus respectivos ramos de atividades. Alinhado aos dados do IBGE, que considera o aumento da expectativa de vida dos brasileiros para 74 anos, nos deparamos com uma mão de obra com mais idade, e com aumento de trabalhadores com mais experiência.

Isto significa que profissionais acima de 40 anos representam um núcleo considerável daqueles que são economicamente ativos, e hoje são entendidos como profissionais qualificados e com capacidade de gerar resultados positivos. Um profissional motivado e qualificado tem ainda muitos anos pela frente para colaborar e consequentemente contribuir.

Isto nos remete à importância do desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais. Ou seja, a busca do acúmulo de competências, com formação compatível com a função, atualização, pós-graduação, MBA, aperfeiçoamentos constantes, outras línguas, Inovação, domínio das ferramentas tecnológicas e mídias sociais (LinkedIn, Facebook, Twitter, Instagram etc.). As postagens sinalizam a atenção às mudanças na sua área e a procura pela atualização, além de somarem pontos. Neste contexto, então, se reconhece a essência da capacitação dos profissionais, a convicção do investimento nas pessoas alavancando a excelência, elaborando um direcionamento das atividades à sensibilização e ao desenvolvimento.

Manter-se atraente ao mercado, desenvolvendo suas competências e potencialidades, agregado a uma boa rede de relacionamentos. Algumas recomendações são importantes no processo de participação de um Recrutamento e Seleção.

Primeiramente estudar em detalhe a vaga que está disputando, desde o perfil necessário até o salário praticado pelo mercado. Conhecer em profundidade a empresa, isto reforçará o interesse ao mencionar aspectos importantes, por exemplo, relacionados à cultura da instituição.

Relatar situações positivas e que alavancaram resultados, reforçar o comprometimento e destacar que a idade é um diferencial, já que permite a experiência para o enfrentamento de novos desafios e a adaptação a situações de todos os tipos.

Combater o preconceito que pode existir devido à idade: destacar momentos que foram necessários uma postura flexível para atingir objetivos e metas, e mencionar durante a entrevista. Isto ajuda a quebrar o paradigma que "os mais velhos" não se adaptam com facilidade.

Demonstrar que é comprometido com práticas relacionadas à qualidade de vida, e melhor ainda, sabe equilibrar as diversas áreas da vida.

Talvez seja o momento de um novo recomeço e isto pode significar uma importante queda salarial relacionado ao status anterior: aceitar o desafio, mostrar que veio para somar.

Lembrar-se que o mercado procura o profissional capaz de aprender e se manter atualizado, polivalente, poli competente, orientado para a interdisciplinaridade, autodesenvolvimento, para desafios, para aquele que é empreendedor e comprometido com o negócio da empresa.

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