terça-feira, 26 de maio de 2015

Tem um colega desagradável? Estudo mostra como trabalhar com ele.

Por mais que as cartilhas de recursos humanos incentivem a integração da equipe, há colegas tão desagradáveis que tornam a missão quase impossível.

Reconhecendo essa realidade, uma pesquisa da Universidade de Michigan (EUA) estudou as consequências de trabalhar com colegas babacas.

Definidas como pessoas desrespeitosas, a conclusão é que se relacionar com elas é desgastante e prejudica a performance profissional.

De acordo com a pesquisa "Relacionamentos Destrutivos Desernegizantes", o impacto negativo causado por elas é maior do que o positivo de estar com colegas de quem se goste.

Reconhecendo que se demitir por causa dessas pessoas não é uma opção viável em muitos casos, o estudo buscou identificar meios de combater o problema.

Em primeiro lugar, estar satisfeito com o trabalho, com a sensação de que se está prosperando, reduz em muito o desgaste de ter que lidar com colegas desagradáveis.

Segundo a professora Grethen Spritzer, coautora da pesquisa, acreditar no próprio trabalho funciona como um "escudo antibabacas".

Se estar satisfeito também não for uma opção, Spritzer aconselha outras estratégias.

Reduza o máximo possível seu contato com essa pessoa. Se uma reunião for necessária, prepare uma agenda, para que você fique focado nas tarefas, e limite o período disponível, para que o encontro não se prolongue por horas.

Depois de cada interação, programe-se para fazer algo "energizante", como tomar um café com alguém que você gosta ou fazer uma tarefa com a qual você esteja animado (veja mais dicas acima).

É duro ser chefe

Do ponto de vista de quem gerencia um negócio, muitas vezes é preciso tolerar um funcionário rude porque ele é muito competente.

Spritzer diz, contudo, que este não deve ser o único critério para contratação ou promoção de uma pessoa.

Ela recomenda que nunca se promova uma pessoa com um perfil "desernegizante" para cargos de gestão. Ela pode ter sua competência reconhecida na posição de especialista, por exemplo.

O comportamento também deve ser levado em conta, tanto pelo efeito que causa nos outros funcionários quanto nas chances de crescimento do próprio babaca.

Ela compara dois perfis: Maria, muito inteligente e competente, mas de trato difícil, e Joana, não tão inteligente ou competente, mas que se dá bem com os outros.

"A organização estará melhor com Joana, porque Maria nunca concretizará seu potencial completo. Se você deixar os babacas se safarem, os outros vão dar um jeito de não interagir com eles, o que afeta a produtividade."

Fonte: Folha de São Paulo, por Fernanda Perrin, 24.05.2015

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