Será possível contentar-se com a vida que temos sem esperar algo maior? A todo instante as pessoas estão buscando uma "felicidade", seja no amor, em um bem material, na família, no sucesso profissional, nos relacionamentos pessoais, no dinheiro e até mesmo no trabalho.
Mas, será que as pessoas estão felizes em suas profissões? Trabalham por amor ou por dinheiro? De acordo com nosso dicionário, felicidade significa: contentamento, sucesso, bem-estar. E trabalho significa: tarefa, aplicação da atividade física ou intelectual, serviço, esforço, fadiga, ocupação, emprego.
O termo trabalho tem origem no Latim tripalium e significa algo bem desagradável. Basicamente quer dizer castigo, pois era com o tripalium, uma espécie de três estacas fincadas no chão onde se castigava os escravos no período da Idade Média.
Nem sempre é possível escolher um trabalho que nos faça feliz e nos realize. Atualmente, com a crise econômica que estamos enfrentando, diversas empresas estão demitindo colaboradores. Outras organizações estão fechando. Desta forma, com o aumento do desemprego, os trabalhadores precisam, então, trabalhar, mesmo que essas atividades não os façam felizes, e só quando as coisas melhorarem, é que poderão procuram um trabalho que traga além de boa remuneração, proporcione felicidade.
Mas até isso acontecer, pode levar um bom tempo para o indivíduo ser feliz e realizado em sua profissão. Sendo assim, passará anos e anos de sua vida trabalhando em algo que não ama, estando fadado a sofrer as consequências. E o tempo de ser feliz é agora!
É claro que não seremos felizes o tempo todo em nossa profissão, pois encontraremos dificuldades e não faremos apenas o que gostamos. Nenhum trabalho será apenas bom, encontraremos algumas "pedras" no caminho. Trabalhar naquilo que se gosta, executando tarefas que proporcione alegria, satisfação é a chave para o sucesso profissional e pessoal. Mas a vida não é constituída apenas de alegria e, todavia, há momentos em que existirão tristezas, pois a vida há sempre apresenta seus altos e baixos. Ninguém faz o que gosta o tempo todo, e nenhum trabalho será apenas bom e agradável.
Especialistas afirmam que a felicidade no trabalho depende ainda de uma série de fatores complementares. E ressaltam: por mais paixão que você tenha pelo seu trabalho, não é possível ser feliz o tempo todo.
Felicidade pode ser considerada um estado de espírito, ou seja, em algum momento o indivíduo sente-se realizado e satisfeito. A felicidade tem que estar dentro de você e não na tarefa que se realiza. Um ambiente de trabalho saudável e harmonioso é muito importante para o sucesso de uma empresa. Isso porque, trabalhadores felizes tendem a ser mais produtivos e os líderes precisam estar atentos a esse fator dentro de sua empresa.
As empresas mais novas têm mais facilidade em manter o foco na felicidade do empregado, a fim de manter seu negócio próspero. Onde isso ainda não acontece, os líderes precisam enxergar que, quando as pessoas realmente gostam do que fazem, gostam de trabalhar ali, o sucesso chega com mais facilidade para todos.
Vale ressaltar aquela boa e velha frase de Confúcio, um pensador e filósofo chinês, "Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida". Mas por que existem pessoas satisfeitas com seu trabalho e outras não? Por que as pessoas estão tão insatisfeitas com seu trabalho, e até que ponto é responsabilidade da empresa?
A insatisfação no trabalho ou a infelicidade pode ocorrer por diversos fatores em diferentes áreas. Cada pessoa tem uma carga emocional de vida que influencia de forma gradativa e significativa o modo como encara e se vê diante de situações diversas da vida, que pode ou não influenciar seu modo de agir no âmbito organizacional.
Trabalho e sacrifício são duas palavras que nossa sociedade considera muito próximas em significado, onde - sacrifício significa renúncia de alguma coisa.
Será possível, então, unir a felicidade com o trabalho? Não só é possível, como é preciso!
Felicidade e trabalho precisam andar lado a lado. Algumas pessoas dizem que é preciso ser feliz no trabalho, pois é no trabalho que passam a maior parte do dia, passam mais tempo no trabalho, do que em casa. Mas, como essa justificativa, se tem a ideia de trabalho como um sacrifício, ou seja, já que estamos "condenados" a passar a maior parte da nossa vida convivendo com o trabalho, precisamos procurar uma maneira de torná-lo menos árduo.
Você não pode encarar o trabalho como se ele fosse um sacrifício, como se estivesse indo para a guerra. Trabalhar apenas para conseguir um salário ao fim do mês, pois, tenha certeza, que seus dias serão cansativos, ruins, longos, e sem dúvidas, muito estressantes.
Se a segunda-feira é um dia especialmente difícil, em que você acorda mal-humorado, tenso e cabisbaixo, só porque precisa retomar a rotina no trabalho, há algo errado com você. E talvez com o tipo de atividade que anda desempenhando. Afinal, segundo os especialistas em carreira não só é possível ser feliz no trabalho, como essa deve ser uma meta prioritária na vida de todo profissional.
O que faz você feliz? Hoje, cada vez mais a sociedade tem a certeza de que não é somente de um bom salário que depende a felicidade dos colaboradores de uma empresa, apesar dele ter um grande papel nisso.
Felicidade é algo pessoal, ou seja, para um significa algo, para outro tem um sentido totalmente diferente.
Abraham Maslow propôs uma análise dos movimentos do ser humano em direção à felicidade, a que chamou de Hierarquia de Necessidades. Maslow definiu cinco níveis de necessidades a que cada ser humano busca satisfazer e as dispôs em uma pirâmide, são elas: Necessidades Fisiológicas - são as necessidades de alimentação, bebida, habitação, a fim de garantir a sobrevivência do indivíduo; Necessidades de Segurança - são as necessidades de estar livre de perigos e da proteção contra ameaças externas ou ambientais; Necessidades Sociais - são as necessidades de amizade, participação, filiação a grupos, amor e afeto. Estão relacionadas com a vida associativa do indivíduo junto a outras pessoas e como o desejo de receber afeto; e por fim, as Necessidades de Estima - são as necessidades relacionadas com a maneira pela qual a pessoa vê e se autoavalia, como autoestima, autoapreciação e autoconfiança.
A motivação no trabalho irá depender da qualidade dos arranjos entre esses tipos de necessidades. Quando uma necessidade de determinada instância é satisfeita, a próxima necessidade deverá também ser satisfeita, ao passo que todas as necessidades propostas por Maslow tenham sido realizadas.
Frederick Irving Herzberg foi o autor da Teoria dos Dois Fatores que aborda a situação de motivação e satisfação das pessoas, sendo, fatores higiênicos e fatores motivacionais. Os fatores higiênicos referem-se às condições que rodeiam a pessoa enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais do trabalho, salário e benefícios sociais, políticas da organização, entre outras. Correspondem ao contexto do trabalho.
Contudo, os fatores higiênicos são limitados em sua capacidade de influenciar as pessoas, quando são excelentes, eles apenas evitam a insatisfação, uma vez que sua influência sobre o comportamento não consegue elevar substancial e duradouramente a satisfação das pessoas. Já os fatores motivacionais referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e às atividades relacionadas com o cargo em si. Produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência. Quando os fatores motivacionais são ótimos, elevam substancialmente a satisfação das pessoas, Quando são precários, provocam insatisfação.
Para ser feliz no trabalho é preciso escolher um trabalho apaixonante, é preciso gostar do que faz. Contudo, a satisfação plena requer tempo e um caminho a ser trilhado. Hoje, você pode estar em um trabalho, ou em uma posição não almejada, no entanto, encare como uma alavanca para realizar o seu sonho.
Portanto, se quer mais felicidade na sua vida profissional, decida e entre em ação.
Por Thalita Fernanda de Vicente Feza.
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