Em tempos de crise econômica, manter o emprego pode ser uma arte. Como as empresas têm de driblar a concorrência e acabam buscando maneiras de reduzir os custos, além de elevar as receitas, muitas vezes acabam exigindo cada vez mais de seus colaboradores. Ao mesmo tempo, está em curso a mudança na lei da terceirização dos serviços, que afeta diretamente as leis trabalhistas e tem sido também outro debate acalourado, que deverá colocar patrões e empregados no mesmo turbilhão de expectativas.
Apesar de amedrontador, o cenário de desemprego não parece afetar boa parte da população que afirma estar descontente em seus cargos. Ou seja, o mundo está mudando e as pessoas se sentem acuadas a perder a renda e os diretos garantidos até então por lei, historicamente. Mas nem mesmo o temor de ficar sem trabalho é capaz de mudar o humor de muitos brasileiros. Afinal, uma pesquisa recente realizada pela Isma Brasil (International Stress Management Association) revelou que 72% das pessoas estão realmente insatisfeitas com o trabalho.
Segundo a pesquisa, a insatisfação em 89% dos casos tem a ver com reconhecimento, em 78% com excesso de tarefas e em 63% com problemas de relacionamento. Tudo isso remete a momentos de falta de concentração e de foco, que costumam render uma redução no ritmo de produção e são características comuns entre os profissionais que estão insatisfeitos. Se não houver uma interferência do líder, esse problema pode ser potencializado aumentando o número de erros do funcionário. E, pior, contaminando outros colaboradores da mesma maneira. É preciso ficar atento e colocar os gestores e líderes para agir e voltar a motivar todos ao redor, para mudar o quanto antes a sensação de desapego entre os funcionários. Vestir a camisa ainda está na moda. Ou não?
Fonte: Diário do Comércio, Indústria e Serviços, 27.04.2015
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